sexta-feira, 14 de maio de 2010

Liga Europa: Atletico vence Fulham (2-1)

O treinador Quique Sánchez Flores mostrou-se radiante por ter cumprido o sonho dos adeptos do Club Atlético de Madrid: terminar com a espera de 14 anos pela conquista de um troféu ao vencer a primeira competição europeia do clube desde 1962. Se o triunfo do Atlético, por 2-1, no prolongamento da final frente ao Fulham FC, representou um momento de afirmação do conjunto de Simão Sabrosa (titular até sair a meio da segunda parte; Tiago não pôde ser inscrito), constituiu igualmente um momento de enorme tristeza para Roy Hodgson, ao não ver o seu conjunto recompensado pelo impressionante desempenho durante o trajecto.

Quique Sánchez Flores, treinador do Atlético
Estamos radiantes por termos ganho uma final bastante difícil e uma prova bastante exigente. É uma enorme satisfação – o Atlético é grande, um grande clube e fizemos milhares de pessoas felizes esta noite. É o momento dos jogadores, é a sua altura de festejar. É uma ocasião enorme na história do clube. Esta final da UEFA Europa League foi uma grande oportunidade para a nossa equipa, mas nunca seria fácil e quando se consegue passar para o outro lado da linha, é um sentimento fabuloso.

O Fulham é uma equipa muito bem organizada, pelo que foi muito difícil para nós chegarmos ao segundo golo. Foi como se tivéssemos jogado dois jogos frente à sua defesa. Eles foram grandes adversários, mas diria que, no cômputo geral, merecemos a vitória. Estou mesmo bastante orgulhoso dos meus jogadores. Eles merecem todos os louros, pois foram capazes de dar a volta a uma situação muito complicada. Apenas posso reforçar a minha admiração pelo empenho empregue para alterarem uma temporada que começou em circunstâncias bastante adversas. Tem sido uma temporada longa e difícil, o que torna este êxito em algo ainda mais especial. Houve muitas emoções que vieram à tona após alcançar um feito como este. Mas gostaria de dedicar este triunfo aos meus quatro filhos e aos adeptos do Atlético espalhados por todo o lado.

Roy Hodgson, treinador do Fulham
Obviamente, estamos bastante tristes. Pensava que havíamos proporcionado outro belo espectáculo e que o jogo iria para as grandes penalidades. De facto, apesar do cansaço, os jogadores pareciam em bom plano (muito organizados e disciplinados) mas, infelizmente, eis que surgiu Diego Forlán e não havia tempo para recuperar. Mereciamos ir para os penalties, mas tal não aconteceu. Em todo o caso, foi um feito fantástico – todos querem ganhar, mas terminar em segundo lugar é também algo do qual nos podemos orgulhar.

Contudo, os jogadores estão muito, muito abalados. Os penalties são uma lotaria, mas eles aproveitaram as hipóteses que tinham. Sofrer um golo tão tardiamente foi um golpe muito duro e a mágoa demorará algum tempo a passar. Após ter visto a equipa portar-se tão bem, gostaria de vê-la dar o passo que faltava. É uma decepção bem amarga e uma enorme tristeza ver mais uma grande exibição não ser recompensada.

No geral, foi uma grande prova. Só temos coisas boas a dizer dela. Jogámos frente a algumas equipas fantásticas e, uma vez mais, fizemos aqui um excelente encontro frente a uma das mais conceituadas equipas da Europa. O formato da prova é muito mais interessante, agora que se torna mais parecido ao da UEFA Champions League, pelo que se devem dar os parabéns à UEFA.

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