segunda-feira, 19 de abril de 2010

Benfica a 4 pontos do título (18-4-10) resumo

Os muitos adeptos benfiquistas que ontem se deslocaram a Coimbra cedo começaram a fazer a festa e a gritar: "Nós só queremos o Benfica campeão". E não precisaram de esperar muito para ver a sua equipa bem lançada nesse objectivo e na frente do marcador. A forte entrada em campo das águias, simboliza bem a vontade de todo o grupo comandado por Jorge Jesus de não falhar a conquista do tão ansiado campeonato. Mas, como em quase tudo na vida, nada cai do céu e foi preciso lutar pelos três pontos. A Académica deu luta, chegou a empatar o jogo, mas uma vez mais, o Benfica e Jorge Jesus puderam contar com armas que desequilibram as contendas a seu favor. Di María, que durante largos minutos de jogo andou escondido, mostrou por que vai ser titular da Argentina no Mundial: inventou os segundo e terceiro golos, que Weldon e Rúben Amorim concretizaram. No final, a forma efusiva como jogadores, técnicos e adeptos celebraram a vitória disse tudo: já cheira a festa, já cheira a título de campeão, que está a quatro pontos de distância.

Sem poder contar com Luisão (castigado), o treinador encarnado chamou, como se esperava, Sidnei ao onze e no ataque - Saviola foi convocado mas nem no banco se sentou - colocou Weldon ao lado de Cardozo - que pareceu não estar cem por cento recuperado da lesão sofrida diante do Sporting. De resto, a outra principal novidade foi a aposta em Rúben Amorim por troca com Ramires. Do lado da Académica, Villas-Boas teve de mexer igualmente na dupla de centrais, colocando Luiz Nunes ao lado de Berger, dada a lesão de Orlando. E, seja por falta de rotinas dos centrais da Briosa, ou apenas por mérito da pressão exercida pelas águias desde o primeiro segundo de jogo, a verdade é que a Académica cedo se viu em apuros e em desvantagem. Como tantas vezes esta época, um lance de bola parada, no caso um lançamento lateral, deu origem ao primeiro golo. O seu autor, o jóquer Weldon, uma aposta pessoal do treinador encarnado neste defeso e que, embora tenha poucas oportunidades perante a forte concorrência de Cardozo e Saviola, tem feito tudo para as aproveitar. Aliás, o ex-Sport Recife começou o campeonato a dar o primeiro ponto às águias - frente ao Marítimo a equipa perdia e o seu golo valeu o empate - e tanto ontem como na anterior deslocação ao campo da Naval desembrulhou situações complicadas com dois golos.

Mas, ainda antes do segundo golo encarnado, a Académica, com uma boa atitude e organização em campo conseguiu empatar o encontro. Foi num lance de alguma felicidade de Diogo Gomes, é certo, mas que a Briosa fez por merecer. Aliás, como poucas vezes tem acontecido, o Benfica foi uma equipa pouco segura na posse de bola na primeira parte, facto que não é alheio à ausência de Luisão, uma vez que Sidnei e David Luiz perderam várias bolas, sobretudo, em saídas para o ataque.

No entanto, o Benfica não se deixou abater e voltou a uma situação de vantagem graças a genialidade de Di María e o killer instinct de Weldon, numa excelente finalização do brasileiro. E foi com a vantagem no marcador que Jorge Jesus soube jogar no segundo tempo. Refreou os ímpetos atacantes da equipa e preferiu jogar mais na expectativa - a entrada de Carlos Martins por Cardozo é disso exemplo - consentindo algum domínio territorial ao adversário. Villas-Boas apostou em Vouho - entrou pelo apagado João Ribeiro - e com Éder e Sougou sempre muito mexidos no ataque, conseguiu deixar em sentido o Benfica, embora só tenha estado verdadeiramente perto do golo em dois lances de bola parada: um cabeceamento de Éder (58') e depois, aos 78', o mesmo jogador, em boa posição para marcar, caiu na área aparentemente sem falta de Sidnei, que reclamou. Foi o canto do cisne. O Benfica, que quase marcara por Di María (60') e Carlos Martins (65'), chegou mesmo ao 1-3 e quando Tiero reduziu, o Benfica limitou-se a gerir até final o triunfo que o coloca na rota do título.


Académica 2-3 Benfica

Estádio Finibanco Cidade de Coimbra

relvado razoável

21 742 espectadores

Árbitro Carlos Xistra (AF Castelo Branco)

Assistentes Luís Marcelino e Jorge Cruz

4º Árbitro André Gralha

-

Académica
Treinador André Villas-boas

1 Rui Nereu GR a 4

19 Pedrinho LD a 4

5 Berger DC a 4

4 Luiz Nunes DC a 82' 5

22 Emídio Rafael LE a 5

66 Nuno Coelho MD a 6

33 Tiero MO a 6

85 Diogo Gomes MO a 7

18 Sougou AD a 5

21 Éder AV a 4

25 João Ribeiro AE a INT 5

-

12 Ricardo GR d

30 Pedro Costa LD d

2 Amoreirinha DC d

28 Jonathan Bru MD d

17 Cris MO d

14 Miguel Fidalgo AV d 82' -

27 Vouho AV d INT 4

-

Golos [1-1] 29' Diogo Gomes [2-3] 88' Tiero

amarelos 15' Luiz Nunes, 26' Sougou, 74' Berger, 81' Diogo Gomes e Tiero

vermelhos Nada a assinalar


Benfica
Treinador Jorge Jesus

12 Quim GR a 5

14 Maxi Pereira LD a 6

27 Sidnei DC a 4

23 David Luiz DC a 5

18 Fábio Coentrão LE a 6

6 Javi García MD a 5

10 Aimar MO a 79' 5

5 Rúben Amorim AD a 6

20 Di María AE a 7

19 Weldon AV a 69' 8

7 Cardozo AV a 57' 5

-

1 Moreira GR d

28 Miguel Vítor DC d

2 Airton MD d

8 Ramires MO d 79' -

17 Carlos Martins MO d 57' 6

31 Alan Kardec AV d 69' 5

21 Nuno Gomes AV d

-

Golos [0-1] 3' Weldon [1-2] 42' Weldon [1-3] 80' Rúben Amorim

amarelos 54' Rúben Amorim, 84' Javi García, 90'+2' Maxi Pereira

vermelhos Nada a assinalar



Fonte: OJOGO, 19 de Abril



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